ATA DA CENTÉSIMA SÉTIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM   19-11-2008.

 


Aos dezenove dias do mês de novembro do ano de dois mil e oito, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Dr. Raul, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Margarete Moraes, Maria Luiza, Neuza Canabarro, Nilo Santos e Sebastião Melo. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Beto Moesch, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Maria Celeste, Maristela Maffei, Maurício Dziedricki, Professor Garcia e Sofia Cavedon. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Elias Vidal, o Projeto de Lei do Legislativo nº 165/08 (Processo nº 3962/08); pelo Vereador João Carlos Nedel, o Projeto de Lei do Legislativo nº 253/08 (Processo nº 6216/08); pelo Vereador Maurício Dziedricki, o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 197/08 (Processo nº 4593/08). Também, foi apregoado o Ofício nº 952/08, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 055/08 (Processo nº 6502/08). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 1206555 e 1233040/08, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Durante a Sessão, constatada a existência de quórum deliberativo, foram aprovadas as Atas da Nonagésima Primeira, Nonagésima Segunda, Nonagésima Terceira, Nonagésima Quarta, Nonagésima Quinta, Nonagésima Sexta, Nonagésima Sétima e Nonagésima Oitava Sessões Ordinárias, da Décima Segunda Sessão Extraordinária e da Segunda Sessão Especial. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pela oposição, o Vereador Adeli Sell, criticando a gestão do Secretário Luiz Afonso Senna, questionou respostas da Empresa Pública de Transportes e Circulação a Pedidos de Informação encaminhados por Sua Excelência. Ainda, classificou como catastrófico o estado de conservação do Mercado Público Central de Porto Alegre e do Hortomercado da Praça Parobé e indagou sobre prazos para conclusão das obras e inauguração do Centro Popular de Compras. A seguir, foi efetuada verificação de quórum para ingresso na Ordem do Dia, constatando-se a inexistência do mesmo. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 015/08 e o Projeto de Lei do Legislativo nº 237/08, este discutido pelo Vereador Professor Garcia; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei Complementar do Executivo nos 016, 017 e 018/08, os Projetos de Lei do Legislativo nos 286/07, 201, 241 e 219/08, este discutido pelo Vereador Adeli Sell, o Projeto de Resolução nº 054/08. Na oportunidade, por solicitação dos Vereadores Ervino Besson, João Carlos Nedel e Bernardino Vendruscolo, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao Senhor Arthur Dallegrave, ex-Presidente do Sport Club Internacional, falecido no dia dezessete de novembro do corrente, à Senhora Gabriela Klein Goidanich, falecida no dia de hoje, e ao Engenheiro Eduardo José Baum Salomon, falecido no dia de ontem. A seguir, o Senhor Presidente registrou a presença, neste Plenário, do Senhor Ivo Leuck, Diretor do Grupo Hospitalar Conceição, e cumprimentou o Vereador João Bosco Vaz pela promoção da festa “Encontro dos Esportes”, ocorrida ontem na Sociedade de Ginástica Porto Alegre – SOGIPA. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador José Ismael Heinen relatou a inauguração, ontem, do Shopping Center BarraShopping Sul, declarando que esse empreendimento representa geração de emprego e renda para a Cidade. Também, citando a aprovação, pela Casa, do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 006/08, destacou que a construção de prédios residenciais na região do Pontal do Estaleiro viabiliza um real crescimento da área como espaço comercial, turístico e cultural. A Vereadora Margarete Moraes reportou-se ao pronunciamento de hoje do Vereador José Ismael Heinen em Comunicação de Líder, acerca da aprovação, pela Casa, do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 006/08, propugnando pelo veto dessa proposta por parte do Poder Executivo. Além disso, aludiu à inauguração do Shopping Center BarraShopping Sul, declarando que essa obra cumpriu as exigências técnicas e legais vigentes para instalação de empreendimentos de grande porte. O Vereador Ervino Besson externou seus pêsames pelo falecimento do Senhor Arthur Dallegrave, ex-Presidente do Sport Club Internacional. Ainda, manifestou preocupação relativamente a episódios de violência envolvendo grupos de torcedores após partidas de futebol. Sobre o assunto, lembrou que, no ano de dois mil e quatorze, o Brasil sediará a Copa do Mundo de Futebol e que episódios desse tipo comprometem a imagem do País no exterior. O Vereador Alceu Brasinha, debatendo a violência nos estádios de futebol, reportou-se à briga entre torcedores, ocorrida no último domingo, após o jogo entre o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e o Coritiba Foot Ball Club. Nesse sentido, criticou a atitude daqueles que se escondem no meio da multidão dos estádios para provocar tumulto e solicitou providências dos dirigentes dos clubes e das forças policiais do Estado, a fim de que sejam identificados e punidos os responsáveis por atos dessa natureza. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pelo Governo, o Vereador Professor Garcia replicou críticas formuladas na tarde de hoje relativamente a ações do Governo Municipal, explicando os motivos pelos quais obras como o Centro Popular de Compras e a III Perimetral encontram-se com o cronograma atrasado. Além disso, prestou esclarecimentos a respeito de melhorias que estão sendo estudadas para o Centro da Cidade, em termos de recuperação dessa área para o lazer e o turismo. Às quatorze horas e cinqüenta e seis minutos, o Senhor Presidente informou que nada mais havia a tratar e declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Sebastião Melo e secretariados pelo Vereador Ervino Besson. Do que eu, Ervino Besson, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

O SR. ADELI SELL: Meu caro Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, eu tenho insistido em alguns temas com a Administração Pública Municipal, no entanto, do outro lado do balcão, quem deveria resolver os problemas não está fazendo nenhum esforço para resolvê-los. Verª Margarete Moraes, minha cara Líder, nos próximos dias eu vou trazer aqui algumas dezenas de respostas de Pedidos de Providências da EPTC. As senhoras e os senhores ficarão pasmos, eu fiquei não só pasmo como também consegui me irritar bastante. E vou insistir aqui: a EPTC não existe! Se existisse, as respostas seriam diferentes umas da outras, e são sempre as mesmas respostas, sempre a mesma cópia, colagem de uma mesma resposta, que não diz absolutamente nada! É um desdém com os cidadãos que fazem as demandas na Câmara Municipal, é uma afronta às Sras Vereadoras e aos Srs. Vereadores! Eu sei que não sou o único a receber esse tipo de resposta indelicada, inaceitável do Sr. Luiz Afonso “viajando” Senna, porque a única coisa que ele sabe fazer é viajar. Viajar em todos os sentidos: figurado e real. Este é o Sr. Senna: nada mais e nada menos do que a política “enrolation” do atual Governo. É isso mesmo, o povo sabe que não existe a EPTC.

E vou além: há muitos anos eu e alguns Vereadores, entre eles o Ver. João Antonio Dib, fizemos um movimento de valorização do Mercado Público. Na minha gestão na SMIC, nunca me neguei a mostrar a qualquer pessoa o Fundo Municipal específico do Mercado Público, e hoje ninguém tem acesso ao Fundo. Numa reunião que aconteceu há dias, foi dito que eu tinha informantes, que me passavam informações. Não, quem tem que prestar informações é o Poder Público! Eu tenho direito de saber, em quinze dias, onde está e quanto tem no Fundo Municipal, e eu quero saber. Se ele está zerado, até eu consigo entender, porque o entorno do Mercado Público tem todas as suas lajotas quebradas; os pobres transportadores do Mercado Público, às cinco e meia da manhã, não conseguem levar os peixes para dentro do Mercado, está tudo quebrado no entorno do Mercado. Na parte interna, há falta de segurança. Dias atrás, uma senhora idosa se estatelou numa escada porque não há aquela marcação de segurança.

A sujeira é total e absoluta, porque contrataram uma cooperativa daquelas que todo mundo aqui sabe; não há adjetivos, não há nada que possa denominar o atraso e o problema que representa aquela cooperativa. Duas vezes findou o contrato da cooperativa, e não sai a licitação. O que está havendo? Eu já fiz um relatório para o Prefeito, mas ele estava em campanha. Agora, passada a campanha, ele se tornou Prefeito novamente, e eu vou reiterar ao Sr. Prefeito o conteúdo daquela carta com uma nova carta, com novas fotos, com novos elementos. Não é diferente a situação, Ver. Guilherme Barbosa, do Hortomercado da Praça Parobé. Não é diferente, é tão ruim ou pior - chove dentro do Hortomercado da Praça Parobé, e é um espaço público. E o Líder do Governo o que tem a dizer sobre isso? Ver. Professor Garcia, o que V. Exª traz do Governo Municipal a respeito da situação catastrófica do Mercado Público e do Hortomercado da Praça Parobé?

E outra coisa, Ver. Professor Garcia: o tal do camelódromo, que ia ser inaugurado em julho, passou para agosto, para setembro, para novembro e agora para janeiro. Essa é a política da enrolação: vai falando e ganhando manchete no jornal; é impressionante: fala e ganha manchete no jornal. Vai sair amanhã, vai sair depois de amanhã, mais uma “fotinho” no jornal. Agora, a verdade nua e crua, o que não acontece na Administração, isso eu não estou vendo no jornal. Nós temos a responsabilidade de cobrar essas questões do Poder Público Municipal. E o que faz a Prefeitura? Nada, absolutamente nada acerca dessas e de tantas outras questões, a exemplo da bagunça e da zoeira no trânsito, nos finais de semana, em Ipanema - e a EPTC também não está lá. Não está lá a EPTC, porque a EPTC não existe, e o seu Secretário se chama Luiz Afonso, entre parênteses, “viajando” Senna, porque é só isto o que ele sabe fazer: viajar, no sentido figurado e no sentido real, não existe outra coisa! Esta é a realidade: a EPTC não existe! Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Solicito abertura do painel para a verificação de quórum, a fim de entrarmos na Ordem do Dia. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Há dezoito Vereadores presentes, não há quórum para passarmos à Ordem do Dia.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 5800/08 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 237/08, de autoria do Ver. Professor Garcia, que estabelece, no Município de Porto Alegre, a identificação de visitantes em condomínios comerciais e residenciais.

 

PROC. Nº 6118/08 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 015/08, que altera os limites de Macrozonas e Subunidades, cria Subunidades e institui Áreas Especiais de Interesse Social – AEIS II, para fins de regularização de loteamentos irregulares e clandestinos, e dá outras providências. Com Emenda nº 01.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 5381/08 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 219/08, de autoria do Ver. Marcelo Danéris, que dispõe sobre a concessão de tratamento diferenciado e simplificado às microempresas, às empresas de pequeno porte e aos empreendimentos de economia popular e solidária nas contratações públicas de bens e serviços dos órgãos da Administração Direta e Indireta.

 

PROC. Nº 5781/08 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 054/08, de autoria da Mesa Diretora, que institui a Política Cultural da Câmara Municipal de Porto Alegre. Com Emenda nº 01.

 

PROC. Nº 8322/07 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 286/07, de autoria dos Vereadores Maria Luiza e Dr. Goulart, que estabelece a realização de exame de controle da anemia falciforme e de outras hemoglobinopatias em recém-nascidos, por meio da técnica conhecida como “Teste do Pezinho”, nas maternidades e nos hospitais públicos ou conveniados com o Sistema Único de Saúde – SUS – no Município de Porto Alegre, revoga a Lei nº 8.653, de 6 de dezembro de 2000, e dá outras providências.

 

PROC. Nº 4834/08 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 201/08, de autoria da Verª Maria Luiza, que acrescenta Capítulo VI-A e altera o Capítulo VII, ambos na Lei nº 8.133, de 12 de janeiro de 1998 – que dispõe sobre o Sistema de Transporte e Circulação no Município de Porto Alegre, adequando a legislação municipal à federal, em especial, ao Código de Trânsito Brasileiro e dá outras providências –, alterada pela Lei nº 8.323, de 7 de julho de 1999, dispondo sobre a prestação dos serviços de transporte fretado. Com Emendas nos 01 a 06.

 

PROC. Nº 5926/08 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 241/08, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que denomina Rua Nevani Bárbara Coelho o logradouro não-cadastrado, conhecido como Beco Dois B – Vila Asa Branca –, localizado no Bairro Sarandi.

 

PROC. Nº 6187/08 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 016/08, que cria a Subunidade 04 na Macrozona (MZ) 04, Unidade de Estruturação Urbana (UEU) 016, define o seu Regime Urbanístico, e dá outras providências.

 

PROC. Nº 6188/08 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 017/08, que define o regime urbanístico para Macrozona (MZ) 01, Unidade de Estruturação Urbana (UEU) 060, Subunidade 02, altera os limites da Macrozona (MZ) 01, Unidade de Estruturação Urbana (UEU) 062, Subunidades 1,2 e 3, e cria as subunidades 4, 5, 6, estabelece os respectivos regimes urbanísticos, e dá outras providências.

 

PROC. Nº 6189/08 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 018/08, que define regime urbanístico para a Macrozona (MZ) 02, Unidade de Estruturação Urbana (UEU) 008, Subunidade 02, suprime Área Especial de Interesse Institucional e define o regime urbanístico para a Macrozona (MZ) 01, Unidade de Estruturação Urbana (UEU) 080, Subunidade 03, para a implantação do empreendimento esportivo “Projeto Arena”, do Grêmio Foot-ball Porto Alegrense, e dá outras providências.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ADELI SELL: Meu caro Presidente, eu quero discutir um Projeto de Lei de autoria do Ver. Marcelo Danéris, meu colega de Bancada, Presidente do meu Partido. O Projeto dispõe sobre a concessão de tratamento diferenciado e simplificado às microempresas, às empresas de pequeno porte e aos empreendimentos de economia popular e solidária nas contratações públicas de bens e serviços dos órgãos da Administração Direta e Indireta. Na verdade, é uma espécie de Simples, mas não apenas fiscal; é um Simples no sentido de dar condições aos pequenos empreendedores de se instalarem com mais facilidade em Porto Alegre, bem como de terem condições adequadas para poderem participar de licitações públicas e da relação econômica de Porto Alegre.

Eu vou dar um exemplo. As escolas precisam de merenda, precisam adquirir produtos para merenda escolar e têm todas as condições, por terem CNPJ, de poder fazer suas compras. Se o Poder Público ajudar minimamente as escolas, por exemplo, as da Zona Sul, elas poderão adquirir alface, tomate, verduras, legumes ou frutas na própria Zona Sul, muito mais do que na Ceasa, inclusive porque, para alguém da Zona Sul ir à Ceasa, é muito longe - da Restinga ao Centro são 27km e mais um bocado para chegar à Ceasa. Na Escola Chapéu do Sol, quando eu estava na Secretaria e a Verª Sofia era Secretária da Educação, houve um convênio entre uma associação de produtores da Zona Sul e aquela Escola, intermediado pelo Poder Público Municipal, havia a aquisição dos produtos diretamente do produtor. A Prefeitura, que necessita de vários elementos no seu cotidiano, poderia adquirir um conjunto de produtos, por serem de custo baixo, menos do que a exigência da Lei nº 8.666, através de um certame público, mas que incentivasse exatamente o pequeno empreendedor a aportar suas mercadorias, seus serviços para esse tipo de aquisição.

Esse é o espírito do Projeto de Lei. Eu gostaria, e já está em 2ª Sessão de Pauta, que esta Câmara tivesse como hábito - talvez não consiga fazer isso neste final de ano, mas pelo menos iniciar um processo com continuidade na próxima Legislatura - fazer debates mais aprofundados, inclusive realizando audiência públicas, que poderiam ser feitas uma vez por mês aqui, digamos, numa segunda-feira à noite, convocadas pela imprensa e com edital - que custaria pouco, se fosse feita uma convocação para dez, doze audiências públicas - para discutir alguns Projetos que são de fundo, que mexem com a economia, a exemplo desse Projeto, que trata fundamentalmente da concessão de um tratamento simplificado e diferenciado às microempresas, às empresas de pequeno porte e aos chamados empreendimentos de economia popular e solidária nas contratações públicas de bens e serviços nos órgãos da Administração direta e indireta.

Portanto, deixo aqui esse desafio a todos e a todas, deixo para a nossa reflexão esse debate, que deveria ser permanente; sem dúvida nenhuma isso seria profícuo. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. ERVINO BESSON: Presidente, pediria a V. Exª que colocasse em votação um Requerimento, porque, quando se fala na história do Sport Clube Internacional, deve-se falar em Arthur Dallegrave, um homem de uma história marcante na história do Clube. Então, nada mais justo do que a Casa prestar um minuto de silêncio a essa extraordinária criatura que nos deixou ontem. E também, meu caro Presidente, gostaria de incluir nesse minuto de silêncio a Srª Gabriela Klein Goidanich, filha de Antônio Gregório Goidanich, familiares também ligados aos Vereadores desta Casa. Infelizmente, são duas pessoas que nos deixam, com muita tristeza. Pedimos a V. Exª que a Casa preste essa homenagem por meio de um minuto de silêncio. Obrigado.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Queremos lastimar e evidentemente aproveitar este momento para pedir também um minuto de silêncio a este cidadão porto-alegrense, o advogado e engenheiro Eduardo José Baum Salomon, 54 anos de idade, assassinado ontem na Rua Felipe Néri.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Eu gostaria que incluíssemos nessa homenagem a jovem Gabriela Goidanich, filha do Sr. Antônio Goidanich, Presidente da Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Deferimos o pedido.

 

(Faz-se um minuto de silêncio.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Quero registrar a presença do Dr. Ivo Leuck, médico, Diretor do Grupo Hospitalar Conceição, V. Sª nos honra com a visita.

Antes de passar a palavra ao próximo orador, quero cumprimentar o Ver. João Bosco Vaz pela belíssima festa na Sogipa, a Festa dos Esportes, uma festa muito concorrida, onde compareceram pessoas do Brasil inteiro, da nossa América do Sul e muita gente da nossa Cidade, como a Governadora, o Prefeito, o Presidente da Assembléia e tantas outras autoridades. Receba os meus cumprimentos, Ver. João, pela sua extraordinária festa. Parabéns. (Palmas.)

O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, venho discutir com os colegas Vereadores um Projeto de Lei de nossa autoria que estabelece, no Município de Porto Alegre, a identificação de visitantes em condomínios comerciais e residenciais. Esse Projeto de Lei tem como objetivo proporcionar melhor qualidade na questão da segurança em relação aos condomínios comerciais e residenciais no Município de Porto Alegre. A fragilidade na segurança em portarias de condomínios comerciais e residenciais nos trouxe este questionamento sobre os seus freqüentadores. Sabemos que são freqüentes e crescentes os casos de insegurança nos condomínios, e somente quem sofre com os efeitos desse problema sabe como é importante a identificação. Mesmo sabendo que o número é crescente de documentos falsos, a identificação, por si só, é um fator inibitório nesse sentido. Nós queremos, na realidade, encontrar soluções para as falhas do sistema e tentar supri-las, pois só dessa maneira conseguiremos atingir o desejo de uma sociedade melhor, mais justa e com mais segurança.

Queremos ressaltar que não é numa visão policialesca, trata-se da identificação das pessoas, que transitam livremente, inclusive tivemos o cuidado de colocar dentro do Projeto de Lei que os condomínios de que trata esta lei ficam responsáveis pela metodologia a ser utilizada para a identificação, bem como pelo cadastro dos seus visitantes. Colocamos um parágrafo que diz que o condomínio fica impedido de repassar os dados cadastrais a terceiros, salvo à Polícia, em caso de sinistros. Por que isso? Porque daqui a pouquinho também poderiam utilizar esse cadastro para outros fins. Nós tivemos o cuidado de especificamente tratar da segurança, de tal forma que a divulgação desse cadastro fica impedida. E no parágrafo 2º nós colocamos que o banco de cadastro do condomínio deve ser eliminado a cada seis meses, ou seja, passa-se um período de seis meses, e tem de ser eliminado o cadastro.

É um Projeto simples, mas acho que ele vem, e muito, para ajudar aquilo que se busca hoje na nossa sociedade, que é a questão da segurança. No momento em que as pessoas forem identificadas, acredito que vai minimizar e muito, embora saibamos que recentemente, por exemplo, na Assembléia Legislativa, adotaram essa dinâmica de identificar todo mundo, e na primeira semana deu problema.

 

O Sr. Aldacir Oliboni: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Professor Garcia, apenas para contribuir com a discussão do seu Projeto. Acho que a iniciativa é salutar, mas V. Exª está abrangendo os condomínios e entidades públicas? Em relação a condomínios eu diria o seguinte: V. Exª falou em seis meses para manter o banco de dados, e eu acho que no mínimo tem que ser mantido o cadastro por um ano, porque o síndico tem um mandato de um ano. Acho que poderia aperfeiçoar o seu Projeto. Em entidades públicas, no caso específico aqui da Câmara, como é que o senhor identificaria? Porque numa atividade de livre acesso nós temos que oportunizar o acesso à população, então como seria feito? Faríamos como na Assembléia? Apenas para discutir.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Na realidade, na identificação feita na Assembléia... Além da identificação, eles estavam fazendo um monitoramento dos pertences, ou seja, as pessoas estavam sendo revistadas ao entrar. Era uma outra situação.

Com relação ao prazo, de ser por seis meses ou por um ano, acho que é uma questão discutível. A riqueza do período de Pauta é justamente esta: o Vereador apresenta o Projeto para a sociedade, e nós vamos começar, a partir daí, a fazer a interlocução. Uns podem entender que nós estamos invadindo a privacidade dos condomínios residenciais e comerciais. Este Vereador entende que não, porque nós damos para cada condomínio a escolha da metodologia que eles querem utilizar. Apenas é uma forma de começarmos a discutir. O que eu quero trazer a público na nossa Cidade é o começo da discussão desse problema, que é uma situação real hoje em Porto Alegre, há lugares por onde, às vezes, passam milhares de pessoas, e acredito que uma identificação vai facilitar.

E volto a dizer: é um fator inibidor, quem está de má-fé muitas vezes não se identificará ou não irá àquele local. Embora - e também coloco isto na Exposição de Motivos - saibamos que existem hoje documentos falsos na tentativa de burlar. Na realidade, o que nós temos que fazer, cada vez mais na sociedade, é a profilaxia: medidas preventivas para evitar males maiores. E é isso que venho trazer neste Projeto, é um Projeto simples, mas nós podemos começar com a discussão daquilo que se pode ajudar e muito na Segurança Pública do nosso Município. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Encerrada a discussão da Pauta.

O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo Sr. Presidente, nobre Ver. Sebastião Melo; nobres colegas Vereadores e Vereadoras, cidadãos que nos visitam, TV Câmara: na segunda-feira tivemos em Porto Alegre a inauguração de um grande complexo, que, com certeza, vai contribuir no sentido de que Porto Alegre tenha mais empregos para os seus filhos, mais renda para a Prefeitura, tenha, enfim, mais desenvolvimento. Fomos convidados, lá comparecemos com as altas autoridades e tivemos oportunidade de ver a quase totalidade dos representantes das Bancadas desta Casa.

Chamou-me muito a atenção - e não vou citar nomes - os colegas que lá estavam aplaudindo a inauguração desse complexo, mas que acham que o Projeto do Pontal não segue a linha de aprovação em relação à coletividade de Porto Alegre. Volto a afirmar que o nosso voto, com toda essa peleia política que houve nesta Casa, continua com a mesma convicção: Porto Alegre precisa de obras como o BarraShoppingSul, precisa de obras que nos tragam desenvolvimento. Precisamos de obras que façam com que a nossa Capital não se atrase em relação as outras Capitais ou cidades do nosso País. Nós temos uma responsabilidade para com a coletividade, para com a população de Porto Alegre nos dias de hoje e principalmente para com a geração futura, nobre Ver. Elói. São nossos filhos, são nossos netos, são os filhos dos nossos amigos que terão oportunidades no desenvolvimento científico, oportunidades no mercado de trabalho, assim, quem sabe, não os veremos sair de Porto Alegre rumo a Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Nordeste, para lá desenvolverem as suas aptidões intelectuais, científicas, prestando a sua contribuição, com auto-estima, ao desenvolvimento do nosso País.

Então, achei de um significado importantíssimo o shopping, como importantíssimo, tenho certeza, será o Pontal do Estaleiro, que esta Casa aprovou, apenas e tão-somente - quero repisar -, conforme os dados estabelecidos, para que aquela área se desenvolva com o incremento de empreendimentos residenciais, o que fará com ela seja viva para o desenvolvimento, de uma forma homogênea, otimizando todos os recursos; para que ela possa, realmente, ser turística, cultural, comercial. Mas, a fim de que isso seja possível, ela tem que englobar uma área residencial, para que essa população residencial tome conta da área 24 horas/dia. Se fosse meramente comercial, estaria ativa apenas numa parte do dia, e, nos horários da noite, teríamos uma cidade-fantasma. Com certeza, seria como o nosso Centro de Porto Alegre, que só se revitalizará quando Porto Alegre o tiver funcionando as quase 24 horas, e, para que isso aconteça, necessariamente a população tem que voltar a residir também no Centro de Porto Alegre.

Então, Sr. Presidente, quero deixar claro, em definitivo, que continuamos aplaudindo a nossa missão em prol de uma Porto Alegre coesa, em prol do desenvolvimento de sua gente. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Margarete Moraes está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Exmo Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Vereadoras e Vereadores, querida companheira Maria Celeste, o Ver. Ismael tocou no assunto do Pontal do Estaleiro, e não há como negar, como ignorar que é um assunto que está vigorando em toda a cidade de Porto Alegre, infelizmente, não pelas coisas boas, mas pelas coisas ruins, exatamente a aprovação desse Projeto - o mais funesto que esta Casa já aprovou - está causando um mau momento político para a Câmara Municipal de Porto Alegre. É incomparável ao empreendimento BarraShopping, que atendeu a todas as questões do Plano Diretor e que se situa do outro lado do lago. Não há comparação, e foi aprovado no nosso Governo, com muito orgulho, contou com contrapartida para a Cidade, como o alargamento da Av. Diário de Notícias, como a remoção dos moradores que viviam na Vila Cai-Cai, moradores que certamente mereciam moradias dignas.

O que está causando estranheza foi o modo afoito como esta Casa levou o Projeto à votação, e hoje temos inúmeras suspeitas que habitam rádios e jornais, que não configuram um bom momento nem para esta Casa, nem para a cidade de Porto Alegre. E quero ressaltar, Ver. Ervino, um fato hilário: naquele dia 12, um Vereador justificava a aprovação em função de o espaço estar pleno de ratos, baratas, causando doenças, poluição na cidade de Porto Alegre - e ele tem razão, o terreno está malcuidado -, e agora os donos do terreno são os atuais empreendedores, eles compraram esse terreno num leilão, são eles que não cuidam do meio ambiente, são eles os relaxados que deixaram aquele terreno exatamente nessa situação.

Nós, da Bancada do Partido dos Trabalhadores, temos recebido uma série de e-mails de pessoas indignadas, que ignoravam essa questão do Pontal do Estaleiro, mas, como o assunto veio à tona - acho muito boa a cobertura que o jornal Correio do Povo está fazendo -, elas exigem o veto total do Prefeito José Fogaça. Existem suspeições; existe o Ministério Público; há segredo de Justiça; existe uma representação, pasmem, do Ver. Brasinha contra dois Vereadores desta Casa, dois colegas - parece que estamos invertendo os papéis. A nossa Bancada, a Bancada do Partido dos Trabalhadores, está declarando, está disponibilizando o sigilo telefônico, fiscal e bancário de cada um dos Vereadores e Vereadoras do PT, também dos parentes. Nós estamos convidando os demais Vereadores e Vereadoras desta Casa para que façam o mesmo, pelo bem da Instituição, a Câmara Municipal, pelo bem de cada um e cada uma de nós, porque as notícias da Câmara Municipal são as piores. Nos seis anos em que estou nesta Casa nunca ouvi notícias dessa natureza aqui, nós prezamos esta Casa, é um bem público e assim deve ser. Não estamos apelando, nós estamos exigindo que o Prefeito José Fogaça - que lavou as mãos até então, que deixou circular esse Projeto por dois anos na Prefeitura, que não o encaminhou a esta Casa, como sempre faz, lavando as mãos - vete totalmente o Projeto chamado Pontal do Estaleiro, o maior equívoco aprovado na história da Câmara Municipal de Porto Alegre. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ERVINO BESSON: Meu caro Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhores e senhoras que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16 da TVCâmara, queria saudar a todos.

Meu caro Ver. Brasinha, há pouco nós prestamos um minuto de silêncio ao Sr. Arthur Dallegrave e a outros amigos queridos que partiram. Nós estivemos no velório do Sr. Arthur Dallegrave, até pela sua história - eu como torcedor do Internacional - como Conselheiro do Internacional, desde o início do Clube na época do Estádio Eucaliptos, sei o que representou sua caminhada pelo Sport Club Internacional. Também muitas autoridades prestaram sua última homenagem no velório do nosso querido Arthur Dallegrave. Tenho certeza de que ele está, lá de cima - em lugar muito bonito, muito lindo -, acompanhando tudo que se passa aqui neste planeta Terra, porque aqui todos nós estamos de passagem.

Mas, Ver. Brasinha, eu sempre falo aqui da grandeza do Grêmio, time do qual V. Exª é torcedor, e da grandeza do Inter, do qual sou torcedor como tantos outros aqui, mas a grandeza de um depende da do outro. Agora, vamos lamentar, Ver. Brasinha, o que está acontecendo com os torcedores. É inadmissível o que está acontecendo com alguns jovens torcedores que vão ao estádio torcer pelo seu time e, na saída do jogo, envolvem-se nessas tragédias, como aconteceu no jogo do Grêmio contra o Coritiba. Não bastasse isso, Ver. Brasinha, lendo os jornais, descobri que as ameaças continuam e com data marcada, inclusive. Esses jovens, que são torcedores do mesmo time, vão lá torcer, brincar, enfim, festejar a vitória, como aconteceu com a grande vitória do nosso irmão Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense sobre o Coritiba - e o Grêmio tem grande chance de ser campeão do Campeonato Brasileiro -, e, depois que termina o jogo, saem se matando, saem se tiroteando. Pelo amor de Deus, meus queridos jovens, isso não é ser esportista, isso não é torcer pelo seu time! Vamos pensar grande, vamos pensar mais adiante: em 2014, nós vamos ter a Copa do Mundo aqui, nós estamos nos preparando para a Copa do Mundo, nós temos aqui um Vereador nesta Casa que faz parte, viajou para o Rio de Janeiro, acompanhou uma reunião na FIFA, para trazer para cá e dar condições, mostrar a Cidade, mostrar para o mundo inteiro, porque, aqui em Porto Alegre, serão sediados alguns jogos da Copa do Mundo. Nós temos aqui nesta Casa, sim, um Vereador desta Cidade que está junto, Ver. Brasinha, é um orgulho para nós como Vereadores; o Ver. João Bosco Vaz, conforme o Presidente falou, fez uma belíssima festa, o encontro dos esportes.

Agora não fica bem, Ver. Brasinha - eu sei que V. Exª é um excelente torcedor, um homem que gosta do seu time, dá a vida pelo seu Grêmio, não estou aqui condenando V. Exª, longe disso -, lamentamos profundamente o que está acontecendo com os torcedores. Um torcedor vai a um jogo de futebol, briga e vai lá atirar nos colegas, nos torcedores... Onde é que nós estamos, Ver. Haroldo de Souza - o melhor, “a mais querida voz do Rio Grande”? Nós temos que chamar a atenção das torcidas, dos jovens, isso é ruim para nós, é ruim para o time do Grêmio, é ruim para Porto Alegre, é ruim para o nosso Estado, é lamentável.

Esperamos que as pessoas, esses jovens que vivem se ameaçando - puxa vida! -, parem por aí, que não aconteçam mais tragédias. Nós temos uma mãe desesperada, ficando horas, dias e noites, no Pronto Socorro, esperando que Deus ilumine; tomara Deus que não aconteça o pior, que possam se recuperar os três, pelo menos o jovem que está em estado desesperador no HPS. Vamos pedir a Deus que Ele recupere esse jovem, para que essa mãe também acabe com esse sofrimento.

Meu caro Ver. Brasinha, V. Exª também tem voz, também é um Vereador da sua cidade, vamos falar aos nossos jovens que vão aos jogos torcer para não irem aos jogos causar essas tragédias que entristecem a todos nós. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação as Atas disponíveis nas Pastas Públicas do correio eletrônico. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS.

O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu quero chegar junto ao discurso do querido Ver. Ervino. Ver. Ervino, eu quero dizer ao senhor, com certeza absoluta: esse cidadão que tem a coragem de se esconder junto com a torcida, esse não é torcedor gremista, esse quer fazer baderna, Ver. João Dib. Pode ter certeza absoluta, esse é bandido, é assassino. E mais ainda: um cidadão desses não pode estar escondido no meio da torcida do Grêmio, deve ser banido, expulso do estádio, porque jamais alguém vai ter a atitude de apoiar um cidadão que tenha a coragem de armado... Porque, quando um cidadão vai armado para dentro do estádio, vai para a torcida, ele já está pretendendo alguma coisa, Ver Adeli, pode ter certeza absoluta, porque a pessoa que não está mal-intencionada jamais vai querer estar armada.

E tanto faz se é do lado do Grêmio ou do lado do Internacional, os torcedores que gostam de esporte, que adoram o esporte, que amam de verdade, é uma paixão que vem lá do coração... Eu costumo dizer, Ver. Dib, que ser apaixonado por futebol, ser apaixonado pelo seu time é aquele amor eterno, absoluto, jamais a gente vai trair esse amor. Agora, tem gente que se esconde dentro de uma torcida para ter a liberdade de fazer baderna. São pessoas que não têm absolutamente nenhuma identidade, porque eles não se apresentam no meio do público. Porque, se tivessem vergonha na cara, viriam ali na frente e diriam quem são eles. Não. Eles se escondem atrás das pessoas que estão torcendo, os anônimos, vão lá, escondem-se, apontam, fazem horrores. Isso, sim, Ver. Ervino, isso nós temos de trabalhar imediatamente, buscar uma solução. Não é possível acontecer isso. Se os senhores saem com a sua família, se o cidadão de bem vai com a sua família, vai com o seu filho para ver o futebol e daqui a pouco está levando um tiro... Isso não é esporte, isso é uma verdadeira vergonha. Por isso os dirigentes do Grêmio e do Internacional devem tomar uma atitude imediata, devem expulsar eles do campo, tirar do estádio, proibir a entrada desses cidadãos; mesmo que sejam sócios, tem de expulsá-los do quadro social! Eu sou sócio do Grêmio desde 1980 e nunca fiz qualquer tipo de ameaça, ou absurdo, briga dentro do Grêmio. E agora, simplesmente, há cidadãos que acham que são donos da verdade, chegam prontos, têm a coragem de botar pessoas para correr, e o Grêmio é que leva a fama, o torcedor do Grêmio. Mas a Polícia tem a obrigação de identificar quem foi o culpado. A Polícia pode pegar, expulsar, proibir esse cidadão de ir em dia de jogo. Não pode acontecer isso mais! Não pode!

Os caras proibiram bebida alcoólica dentro do estádio. Proibiram a bebida. Não pode tomar bebida de álcool. Por quê? Não pode, é a Lei Seca, mas eles entram armados, entram com droga. Quem é que vai proibir a droga, Ver. Ervino? Quem vai proibir? Como é que nós vamos identificar cidadão que está drogado dentro do estádio? Como será? O grande problema está aí. Eu acho que a Polícia deve, imediatamente, identificar quem deu o tiro, como começou, onde foi e proibir expressamente esse cidadão de entrar no estádio. Porque nós que somos do bem... Ando dentro do Estádio Olímpico da Cadeira à Geral (Setor do Estádio), em qualquer local, eu tenho acesso dentro do Grêmio, porque sou um torcedor que tem essa oportunidade. Quero dizer que, mesmo tendo essa oportunidade, jamais este Vereador vai ter a atitude de fazer qualquer coisa contra um torcedor gremista. Tenho certeza absoluta de que os Vereadores aqui também acreditam nisso, nós devemos imediatamente formar uma Comissão, para identificar e punir junto com as autoridades competentes lá do estádio. Porque não se pode admitir esse erro dentro do estádio, vai criança de dois anos, de três anos, quatro anos. Eu tenho os meus dois filhos, um tem nove e outro tem catorze, eles vão ao jogo desde nenéns, Ver. Sebastião Melo, eu carregava no colo, e agora ver essa barbaridade que aconteceu! Isso é lamentável, tenho certeza absoluta de que os Poderes vão tomar uma atitude imediata para coibir esses casos, em que indivíduos se escondem atrás do esporte, atrás de uma torcida para agredir. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, atendendo à provocação do Ver. Adeli Sell, vamos falar um pouco sobre o Centro Popular de Compras.

O Vereador fez alusão de que o Prefeito Fogaça propõe alguma coisa, sai na mídia e não faz. Não é essa a realidade. Poderia até, de forma demagógica, inaugurar o Centro Popular de Compras, até porque já foi assinado o contrato com todos os camelôs que vão utilizar o local. Só que atrasou a obra. Isso aí acontece todo dia, e quem trabalha em construção sabe. A 3ª Perimetral, por exemplo, é um caso típico, era para ter saído até 2004, mas não conseguiram terminar a obra. Houve algumas alterações no Projeto e outras questões circunstanciais vinculadas também à contratação de novos investimentos, ou seja, da questão do empréstimo. Eu quero ressaltar que o Centro Popular de Compras vai mudar a cara da cidade de Porto Alegre. A partir de janeiro, quando será inaugurada a obra, todos os camelôs sairão daquela região em que estão - a região central. Esse é o grande desafio! Isso foi algo acordado entre a Prefeitura de Porto Alegre e os camelôs, foi amplamente discutido, amplamente debatido, foi mostrada a situação, o horizonte, o norte, uma configuração em que poderiam, a partir de um determinado momento, ser microempresários, ou seja, foi apontado um futuro de gestão e dignidade para cada um daqueles camelôs; muitos, inclusive, que viviam na clandestinidade vão ter nome, vão ter cara, vão ter CNPJ.

Algumas ruas da Cidade também vão modificar. Por exemplo, no Centro da Cidade, onde há camelôs, sairão os camelôs, e a rua vai ser devolvida novamente para o trânsito da Cidade, permitindo novamente o tráfego de ônibus, automóveis, ou seja, aquilo que, em determinado momento, há duas décadas, começou também em Curitiba, onde todas as ruas tinham que ter uma rua de passeio, de lazer... Muitas coisas foram alteradas, e, junto com essas situações, o que aconteceu? O Centro de Porto Alegre, hoje, tem determinadas ruas, por exemplo, como a rua ali junto à Igreja do Rosário, em que não se consegue transitar; como a Rua José Montaury, onde não se consegue transitar. Então, o que se vai fazer? Vai-se devolver essa rua para a Cidade, para os seus usuários, para aqueles que são de direito. Além disso, o Ver. Adeli vai ser convidado para a inauguração, e eu tenho certeza de que ele vai estar lá e vai bater palmas, porque uma coisa que eu aprendi na vida é que não há como ser oposição àquilo que é bom para Cidade. Tu podes bater, podes achar que não vai sair, mas, quando é bom, é bom, e eu sei que V. Exª é daqueles que vai dizer que realmente esse é um grande Projeto, vai dizer assim: “Que pena que não foi do meu Governo.”

Quero dizer que Porto Alegre vai ganhar e muito com isso, porque ela terá uma nova cara. Imaginem ainda quando terminar a questão do Chalé da Praça XV, e do bonde, que vai sair da Usina do Gasômetro, passando por dentro, fazendo uma atividade de turismo, uma revitalização do turismo. Na realidade, isso não é um plano isolado, não é simplesmente o Centro Popular de Compras que nós estamos trabalhando no Governo Fogaça, é a revitalização do Centro, é dar uma nova cara para o Centro, uma dignidade, dizer para a Cidade: “Não fiquem de costas para o lago; pelo contrário, venham, voltem, porque a Cidade e o seu Centro são de todos nós.” E àquelas pessoas que têm ainda saudades do Café Ryan, quero dizer: certamente, dentro de dois ou três anos, poderão ter bons espaços em Porto Alegre para o seu lazer, entretenimento, para sua recreação. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Agradeço aos Srs. Vereadores e às Sras Vereadoras, está cumprida a nossa agenda. Está encerrada a Sessão.

Eu convoco, de imediato, os Srs. Vereadores para a Reunião de Mesa e Lideranças, a realizar-se no Salão Dilamar ­Machado daqui a cinco minutos.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 14h56min.)

 

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